terça-feira, 16 de novembro de 2010

VELEJAR É . . .


Temerário tentar NEGOCIAR a INVESTIDA na BARRA
Naquelas condições e a noite...
AFILEI o SLOOP e deitei FERROS em leito de pedras
SLOOP GARROU
Tentei novamente AMARANDO por uma milha
Encontrei fundo de areia à 35 pés
Se não viesse a dar uma boa POITADA
Teria que tentar colocar o SLOOP , À CAPA
E em FÔRÇA 3 à BARLAVENTO
Com Vagas de 17´ e CAVAS poucos distanciadas
Entrando um S-SE ,  à MEIO TRAVÉS DE POPA
Na AMURADA DE BORESTE
 DANFOR 15 Kg UNHOU
Já de PANO DA GRANDE RIZADO e MASTRO
Em ÁRVORE SÊCA, fui a FAINA pré – pernoite
Usei o CINTO DE SEGURANÇA...e fui à PROA
Examinar a TAMANCA
Na escuridão, me guiando pelo GUARDA-MANCEBO
O PÚLPITO DE PROA, sobre 1/3 do GURUPÉS
Recolhi o PAU do SPINNAKER
Qua havia armado durante três boas horas
Naquela manhã em ASA DE POMBA com vento de PÔPA
À 25 knots
Ajustei a ADRIÇA para manter a RETRANCA firme
Examinei o BURRO
Tudo Ok no COCKPIT  e no DOG-HOUSE
ESTAIS e BRANDAIS com seus caracteríscos gemidos
Pela fôrça do Vento...
MANILHAS ...OK
WIND-WANE desativado...
XENON do topo do MASTRO ligado
ESCOTILHAS de CONVÉS bem fechadas...
Jantar à Vista
Não sem antes dar uma passada pela
MESA DE NAVEGAÇÃO, checar ...
SSB , o VHF e o GPS
A Caixa de Madeira revestida internamente com veludo azul marinho
No lugar certo e abrigando o SEXTANTE para TOMADAS
 MERIDIANAS em Navegação Astronônica
Seguro morreu de velho...”VÉIO”
Pois vai que algum danado de um transistor da placa eletrônica
Do GPS pifasse...
Sem SEXTANTE, ...Marinheiro  no Mato sem Cachorro...
Mas...
Navegação tranquila...até aí
 RUMO e CURSO corretos
Indicavam os X de cor Azul marcados na LINHA de DERROTA
Préviamente traçada na CARTA 5201
Posição atual
7°34´223´´ S
51°16´44´´ O ( Greenwitch )
CRONÔMETRO indicando 23h14´´ 32´´
BARÔMETRO à 1.022 de PRESSÃO
TERMÔMETRO 21° C na COLUNA de MERCÚRIO
De Temperatura no  Ambiente Externo
E  23° C na CABINE
De sob o PAINEIRO usado como DESPENSA
Retirei um dos pacotes de Sopa de Aspargos e
Bolachas de água
O Fogão montado sobre EIXOS CARDÃ , queimando
QUEROSENE e aquecendo a água na panela
Refeição feita
Bocejos a mil
BELICHE à espera
Ahhh...quase esqueci de ligar o alarme sonoro do RADAR
Pronto!
Se alguma embarcação  Petroleira se aproximasse
De maneira mal intencionada...CABOTEANDO...
Os Pi-Pi-Pis do RADAR  me alertariam e me acordariam em tempo
TURNO  programado...
O despertador acionaria de hora em hora
Uma rápida verificada nas condições do SLOOP e sono de novo...
Por mais 45 minutos
Dormir é?
PUTZ gente...
BANZEIRO total até o dia clarear
Clareou com sol em dia claro e sem nuvens
Vento NE à 7 knots
ORÇA FOLGADA  à vista
WIND-WANE iria trabalhar e dar folga ao SKIPPER na
TIMONADA da RODA do LEME...
Tempo de atualizar o DIÁRIO DE BORDO
Desfrutrar das delícias de uma navegada silenciosa
Sem precisar MOTORAR
BIGODES  de espuma branca chiando no PONTAL
AFILADO da  PROA
IMPELLER  do LOG  na ESTEIRA
Linhas n´água...
SLOOP  à PANOS CHEIOS  em ASA DE POMBA...
A GRANDE cheia
Na AMURA de BAMBORDO
GENOA 3 INSUFLADA na
AMURA BORESTE
VHF  estalando no CANAL 16
Folga no LEME...
SOL à PINO...
DOURADO  engatado no anzól...
Panela frigindo óleo no fogão
Latinha de cerveja geladinha na mão...
BÚSSOLA  na MARCA dos 17° N MAGNÉTICO
WIND-WANE sustentando o CURSO de maneira eficiente
Com constantes , porém pequenas BORDEJADAS
Sem JAIBES MALUCOS...
Nem PINGOS nos Ís dos TIMONEIROS de primeira VELEJADA
Escrevendo seus nomes na linha traçada na CARTA
FERNANDO DE NORONHA À VISTA NA PROA...
Não muito dífícil de perdê-la na vastidão do Atlântico...
Já com o ATOL DAS ROCAS , a conversa é mais embaixo
Perdê-la, seria um grande feito de insucesso.
Como seria tentar explicar isso aos amigos do bar no clube?  
Caso isso viesse a me  acontecer?
-Não acredito Zé, como conseguiu a grande façanha de perder o Atol das Rocas?
Mas velejar não é só pagar  micos
Passar sustos em temporais
Deitar mastro na água
E  ver o mundo  se virar
Numa boa capotada
De João Bôbo minha quilha
Ou tem tudo
Ou não tem nada
Quietinha ali no fundo
Prá fazer a desvirada 
Velejar não é só raspar as cracas
Do casco e do hélice
Envernizar a teca
Ser mecânico de motor
Eletricista de plantão
Remendador de Velas
Costureiro de ocasião
Como sugeriu o Eric
Falemos do golfinho
Que junto à baleia
Afugentam o tubarão
Como bem  disse o pioneiro
Nada igual ao golfinho
Joshua Slocum bem  maneiro
Cuidado Zéééé...baleia à frente
Jaibe de bordo
Retranca passa rente
Colisão com baleia
Visita ao fundo
Me creia
Do Arroio Chuí ao Oiapoque
Cormorans e patolas
Andorinhas , atobás
Pelicanos e fragatas
Skuas e gaivotas
 Onde reina o Albatroz
Magestoso e grande az
Montar Cabos e Faróis
Enseadas e baías
Dunas e falésias
Sem contar os dias
Arrecifes e Corais
Estes não comuns
Ver os saltos das baleias
E onde dançam os atuns
Um bastardo com sua verga
A jangada soberana
Um caiçara que se enxerga
Passa rio passa serras
Sobe ondas , desce às cavas
E por onde que se passa
Muitas cores muitas caras
Com a linha e anzól
Ou snorkel e um arpão
Sem soberba e faról
Uma bela refeição
Com Sloop companheiro
Não se sente solidão

OVNI - VIAGENS AO PASSADO OU AO FUTURO ?



Dias atrás vi uma reportagem em TV aberta sobre o assunto, e tratando da nova orientação da Aeronáutica brasileira aos seus pilotos , quais deverão serem os procedimentos em caso de avistamentos...
Um repórter da emissora entrevistou várias pessoas na rua, especulando suas opiniões a respeito do tema.
Mais de 90% dos entrevistados, sorriram e disseram ser algo até absurdo e impossível, e 10 % não demonstraram nenhum interesse.
Realmente é um assunto polêmico, e que já envolve  a comunidade científica e autoridades militares de muitos países ...tentando esclarecer o mistério , pois já se computam mais de vinte milhões de relatos desde os tempos pré-bíblicos.
Chegou-se à conclusão que apenas 2% dos relatos merecem credibilidade .
Muitas confusões com aviões, helicópteros, balões metereológicos e até fenônemos atmosféricos.
Desses 2%, diga-se que as fotos publicadas e seus relatos de locais e ocorrências foram analisadas por peritos em fotografias...civis e militares.
No locais desses avistamentos, descobriu-se testemunhas anônimas que com receio de serem ridicularizadas pelos céticos, preferiram se calarem sobre o que viram...nada mais natural, mas muitos foram encontrados pelos pesquisadores e confirmaram o fato, na data, local e horário da ocorrência.
À um dos entrevistados pelo repórter da emissora, sobre a reportagem, uma rapaz de uns 25 anos, bem vestido e parecendo acadêmico, fiquei tentado a respondê-lo, se pudesse é claro,  à sua grosseria sobre o tema, considerando coisas de malucos ignorantes e semi-analfabetos...
Naquele momento , até ensaiei uma resposta   a ele
Então o que devo ter avistado entre Laranjeiras do Sul e Guaraniaçu, cidades do Paraná, às 4 horas da manhã no trajeto que fazia de Curitiba à Foz do Iguaçu, deveria ser sua bisavó pilotando uma nave maior que o Titanic, toda iluminada e completamente silenciosa, cruzando a frente do meu fusca a menos de 500 metros e se embrenhando num mato onde aterrisou, ou ainda, talvez uma criança da tribo de índios da reserva  local, brincando com seu controle remoto, controlando a aterrisagem do seu Titanic aéreo..."
As estórias, lendas e fundamentos religiosos ao longo dos tempos nos revelam de maneira clara e nítida, fenônemos não compreendidos pelos povos de suas épocas, na forma de aparições de elementos não comuns às natureza , nem à tecnologia disponível às épocas, e tomados como revelações dos Deuses à quem cultuavam, tais como anjos celestes voadores, carruagens de fogo  também voadores etc...recheando de mistérios as páginas de grandes livros, escritos por humanos comuns,  como o Alcorão, o Torá e a Bíblia.
Nos mantemos ainda presos a apenas três das possíveis dez dimensões que gerem o Universo, daí qualquer fato ou ato ocorrido não pertinente as três conhecidas, são tomadas como fenômenos da natureza inexplicáveis, ou de maneira mística se transformando em dogmas de fé religiosas.
Nosso avanço científico e tecnológico atual, já nos permite termos observatórios e laboratórios em estações orbitais.
Já conseguimos botarmos o pé humano na Lua, e enviarmos sondas não tripuladas para Marte, Vênus, Jupiter, Saturno etc...
Também já deflagramos a primeira bomba atômica na Lua, à procura de índicios de água...
Porém continuamos atrelados às três dimensões conhecidas e dependentes dos combustíveis líquidos ou sólidos para alimentarem os propulsores de nossas naves espaciais para nos ejetarmos das gravidades e fôrças magnéticas dos orbes, ou freá-las quando necessário.
Temos conseguido verdadeiras "façanhas" em relação às velocidades imprimidas às nossas naves, algo em torno de 40.000 km/h !
E à essa velocidade, gastamos três dias terrestres para cobrir a distância que nos separa da Lua...nosso orbe mais próximo, e mais de dois anos para alcançarmos Jupiter...que a grossa  comparação se situa no meio caminho entre o Sol e Neptuno, sem falar do ainda mais distante ex-planeta Plutão , recentemente rebaixado pelos astrônomos à Asteróide " crescido em  excesso"...
E tudo isso, ainda dentro do nosso minúsculo Sistema Solar, entre os milhares existentes dentro só na nossa galáxia, a Via Láctea, uma das milhares existentes no Universo.
A estrêla mais próxima de nós, dista mais de 3 anos-luz!

Se nossas naves, pudessem atingir a velocidade da luz, nada menos que 300.000 km/segundo, o equivalente à algo como estonteantes 1.080.000.000 km/hora ,isso mesmo gente ( Hum bilhão e oitenta milhões ), ainda assim levaríamos três anos para alcançá-la.
Torná-se evidente que essas naves extra-terrestres, ou não,  que nos visitam utilizam formas diferentes das nossas como  propulsão.
Vemos grandes esforços de governos e empresas institucionais ligadas à projetos  e realizações, aéro-espacial, à procura de explicações sobre como funciona isso tudo, e à procura de respostas no Universo.
Se encontrarmos vida inteligente, similar à nossa em outros rincões do Universo, poderemos talvez nos aproximar de entendermos o mistério da origem humana terrestre  dotada de inteligência.
Apesar desses esforços científicos, paralelamente se pesquisa a origem dessas naves espaciais que nos visitam a milhares, senão milhões de anos, em direção totalmente oposta à tese de extra-terrenos.
Algo,  assim como, e se o homem em seus avanços científicos conseguiu dominar mais uma das dez dimensões, a do TEMPO...
Poderíamos estarmos  sendo visitados,  por nós mesmos, através de uma janela de Tempo.
- Olha só Zédrix Y43H, aquele ali naquela máquina arcáica com quatro rodas de borracha é o trineto, do trineto, do trineto, do trineto do meu tetravô!!! Que barato!!!!

COMO IDENTIFICAR UM DISCO VOADOR

Dicas Úteis para diferenciar um OVNI ( Objeto Voador Não Identificado )  de outras aeronaves...

·         Um avião comercial durante o dia
Seu curso é regular num sentido único, sem manobras bruscas             

A altitude média de vôo comercial é em torno de 30 mil pés
( cerca de 10.000 metros)

Em dias claros e sem nuvens, avista-se a cauda de condensação de gases

À altitudes inferiores a 5 mil pés, escutá-se o ruído das turbinas

Mantém rotas de navegação regulares, ou seja, um jato comercial decolado de Curitiba com destino à Foz do Iguaçu, obedece uma rota pré-determinada, podendo apenas variar de altitude para evitar  outras aeronaves ( conforme determinação dos Cindactas ) Excessão apenas a aviões militares que trafegam em rotas diferentes das comerciais, porém com comportamento igual aos anteriores)

Velocidades em torno de 700 km/h para comerciais e em torno de  Match 2 ( 2 X a velocidade do som ) para militares, no Brasil

·         Um avião comercial à noite ( militares )
Comportamento de rotas e altitudes idênticos aos vôos diurnos

Observar as luzes de navegação , constituídas por uma vermelha fixa e uma branca intermitente ( pisca-pisca )

·         Um helicóptero
Altitude em torno de 3 mil pés

Ruídos dos motores e dos rotores
Velocidade menor que dos aviões comerciais e   em torno de 200 km/h
Formato característico
              
·         Um balão metereológico
Altitudes acima dos 20 mil pés, à excessão do local de lançamento e o local de queda                              
Raramente vistos à olho nú em operação
Sem ruídos, totalmente silenciosos
            Formato esférico

Velocidades nunca superiores aos dos ventos, pois não possuem propulsão

Cursos regulares, sem alterações bruscas

·         Satélites orbitais
Não possíveis serem avistados durante o dia à olho nú em função de seus pequenos tamanhos e altitudes superiores a 30.000 m  ( 90 mil pés )
Velocidades altíssimas, acima de 20.000 km/h, que devido à imensa distância confunde-se com a de um avião à noite
Não possuem luzes e apenas refletem nas fuzelanges a luz do sol
Rotas regulares e sem desvios de direções
Horários de avistamentos regulares.

·         OVNIS – UFOS – DISCOS VOADORES
Formatos diversos, como Esferas, Lentilhas, Charutos , Pratos,  etc...
Tamanhos também variados conforme relatos (sérios) de avistamentos. Podendo variarem de tamanhos de pequenos automóveis a gigantescos petroleiros de mais de 300 m de comprimento, estes, via de regra  chamados de naves-mãe
Em avistamentos diurnos refletem a luz solar em suas fuzelagens e não produzem caudas de Condensação independente de altitudes e estas variam do infinito à de pouso.
Totalmente silenciosos a qualquer altitude à excessão de brusca aceleração e o rompimento da barreira do som, seguida da explosão de ruído característica
Velocidade variáveis
Manobras bruscas, com paradas no ar e marchas à ré extremamente rápidas nestas alterações de cursos
Mudança de velocidades em frações de segundos de ZERO para acima 50 X a velocidade do som

Emitem luzes fortíssimas em avistamentos noturnos, de vermelho incandescente à brancas- esverdeadas, tonalidades e intensidades não condizentes com naves terrestres.
Em muitos casos relatados, quedas de altitude no estilo Fôlhas de árvores...totalmente aleatórias e lentas
Mudanças de altitudes verticais sem deslocamento horizontal
Aparecimentos solitários ou em grupos

Bem pessoal, aqui vão outras dicas úteis, se você for virgem em UFO´s e anseia pela  sua “primeira vez”
A começar por uma dica de um especialista:
“ Quem caminha nas calçadas e não olha para o chão não encontra moedas perdidas” , do TIO PATINHAS do Walt Disney
Ps.: Passei a seguir seu conselho e já carreguei vários cofrinhos eh eh eh e sem o menor constragimento tolo de me abaixar diante de outras pessoas para catá-las.
Outra para avistamentos de OVNI´s, esta do Tio Duca ( eu, eu eu )
“ Quem não olha para o céu regularmente, não vê discos-voadores, nem meteoritos, estes de caracteristicas bem diferentes dos primeiros”

Nos últimos 30 anos já cataloguei 28 avistamentos, sem nenhuma dúvida do que ví.
Caso venha a participar deste clubinho muitíssimo reduzido de avistadores de discos-voadores, algo em torno de uns vinte milhões de pessoas que tiveram coragem de relatarem, desde os tempos Bíblicos, cuidado com o entusiasmo ao contar para outras pessoas.
As reações delas podem virem de discretos sorrisos sarcásticos à preocupação de falarem aos outros seus amigos que anda preocupado contigo.
“-Puxa Zé, ando preocupado com o Juca, acho que ele anda bebendo demais, acredita que até discos-voadores anda vendo?  Credo!"  
“ Grandes coisas Juca, venho vendo esses bichos desde criancinha” Dirá o mentiroso invejoso prá não ficar por baixo de você.
“ Cara!!! Sério? Caramba, vamos ficar ricos montando um blog de Ufologia e mentirmos que tivemos contato de primeiro grau  com ET´s e até transamos com as fêmeas deles” Dirá o espertalhão do tipo “Aquele mineiro que foi sequestrado por ET´s para engravidar uma das mulheres extra-terrestres para melhorar a raça deles” ( Esse caso é famoso no mundo todo e , acreditem se quiserem, levado a sério por muitos pesquisadores )
Com essa...Credo!  digo eu
Pois bem, existem centenas e centenas, senão milhares de grupos e associações de ufólogos espalhados pelo mundo.
Experimentem consultarem  o Google...
Ahhh...cuidado com essas fotos e filminhos que as vezes aparecem em revistas, jornais e até TV´s sensacionalistas, mostrando os discos-voadores no formato bem tradicional  de prato com uma pequena cúpula superior...pois não acredito que os ET´s sejam tão galhudos assim , prá precisarem desse espaço adicional prá não enroscarem os chifres nos tetos dos seus UFO´s.
Quanto à filmar, já vou avisando porquê não acredito muito nesses filminhos.
Dez anos atrás, eu, três sobrinhos, duas sobrinhas, irmã, amiga dela e filho vimos uma nave imensa , algo como uns três Jumbos juntos, porém esférica à noite e descaradamente sobrevoando o centro de Curitiba, toda radiante de luzes fortíssimas e intensas.
Bem, um dos meus sobrinhos filmou a coisa por alguns segundos e, gente, que decepção, sabem o que apareceu como imagem na filmadora digital?
Um minúsculo pontinho de luz fraca, quase como se olhar para uma estrêla e das menores que se vê a olho nú.
Se tiverem a oportunidade, talvez a sorte de verem um OVNI, não fiquem com receios tolos.
Eles não são comunistas e não comem criancinhas, não.
Nem gente grande!
Desculpem as brincadeiras, mas só rindo mesmo do verdadeiro Comércio mídico que se faz com algo tão sério, por pessoas inescrupulosas, que jamais tiveram a oportunidade de verem um OVNI verdadeiro, e esperam faturarem em cima de pessoas ingênuas.
Quem realmente “Vê” , não se utiliza de tamanhas farsas,  e soberbas mentiras.
Façam como  eu e o Tio Patinhas, fiquem atentos às calçadas e ao céu.
Carregarão seus cofrinhos com moedas e verão OVNI´s...

O SURFE ATRAVÉS DOS TEMPOS



A prática do surfe veio a ser conhecida pelos europeus e americanos  em sua forma pioneira no arquipélago de Hawwaii no  Oceano Pacífico, quando da chegada dos primeiros navegantes modernos às Ilhas, no século XVII.
Tradicionalmente um povo marítimo, os polinésios das Ilhas dos Oceano Índico e Pacífico Sul que ocuparam o arquipélago séculos antes dos primeiros ocidentais à encontrarem, se utilizavam de balancins estabilizadores em sua grandes canoas movidas à remos e velas, de maneira bem prática, colocando-se os remos na mesma amura  do estabilizador  para manter o equilíbrio da embarcação de mais de 20 metros e tripulada por  dezenas de remadores.
Esses balancins, esculpidos em troncos finos de árvores, e com hidrodinâmica perfeita, emprestam seu desenho e conceito às mais modernas pranchas de surfe atuais.
Povo de origem nobre, esses havaianos  vivendo pós imigração numa região muito aprazível, de clima confortável, vales  férteis, altas montanhas  e mar piscoso, encontraram ali o meio propício à seu aprimoramento  físico e mental.
Impressionaram-se os “ descobridores” do arquipélago, com o avantajado porte físico dos nativos.
Homens com altura média de 2 metros e mulheres passando dos 1,8 m.
Importante lembrar que nessa época os europeus com seus 1,6 m de altura média, poderiam se equivalarem aos pigmeus africanos entre os altos zulus e xhosas...diante dos havaianos.
Esse porte físico foi determinante para a prática do que chamamos atualmente de surfe, pois  foram as nativas, as waiines, que o iniciaram , e necessitavam de fôrça física para remarem os pesados e longos balancins de mais de 3 metros de comprimento e 20 kg de peso em média.
“ As pranchas de surfe atuais, confeccionadas em espuma de poliuretano e laminadas  em fibra de vidro com resina epoxi, ou poliester,  medem em torno de 6 pés ( 1,8 m ) e pesam menos de 3 kg...”
As jovens nativas se usavam desses balancins para esperarem festivamente dentro do mar, fora da arrebentação, seus homens chegarem com suas canoas em jornadas de pesca ou de visitas aos habitantes das outras ilhas ao seu redor.
E foram elas à descobrirem como os conduzirem sobre as cristas das altas ondas à areia branca das praias, equilibrando-se em pé sobre eles.
Nascia ali um dos esportes radicais mais apreciados pelos jovens atuais de todos os continentes.
O costume de surfarem nuas , com suas coroas de flores em torno dos pescoços, causaram dois tipos de reações aos primeiros visitantes chegados às Ilhas em seus navios .
De entusiasmo e euforia aos marujos, ao serem recebidos pelas garotas, de maneira inocente, pura  e ingênua  receptividade, surfando nuas em torno dos seus navios  e, claro,  de  natural revolta e indignação aos  primeiros casais de missionários enviados ao arquipélago pelos norte-americanos, vestidos de preto em sol abrasador...com a missão de tirarem as almas dos nativos pagãos da escuridão e os conduzirem à luz de suas Igrejas e costumes.
Apesar de ter sido proibida a prática do esporte no arquipélago pelos missionários, o surfe sobreviveu através dos tempos.
Aloha...

PIRATA ZULMIRO - A LENDA


Conta a lenda, que um certo filho de nobres ingleses, numa viagem de recreio à bordo de uma nau britânica com destino à América, foi aprisionado por um pirata do Caribe,no mar das Antilhas, nos meados do século XVIII.
Entre muitos dos famosos da época, especúla-se muitos, qual deles foi o captor de David Burfield , o mais citado, como sendo o Barba Negra...mas como lenda aceita qualquer hipótese descompromissada com veracidade, digamos que seja ele...muito improvável, mas que vá lá!
Vou tratar nesse texto, o pirata como sendo o sanguinário corsário espanhól, conhecido na época como D. Pedrito Astúrias...vulgo, El Buccanero...o mais provável deles.
O rapaz de apenas 17 anos, chamou à atenção do seu algoz, pela maneira debochada , como encarou seu sequestro.
Apesar da pouca idade, David já havia conhecido quase todas as tabernas do cais do porto do Rio Tâmisa, em Londres, e a maioria das suas prostitutas de plantão.
Bebido de todos os vinhos , malte e run...
Conhecia bem o ópio e os lânguidos prazeres proporcionados pela droga de origem chinesa.
Considerado  como irresponsável com as finanças da família, depravado e até herege, seu sumiço nos mares do Caribe, não causou nenhuma comoção forte no seio da família e amigos dessa, à exceção dos seus amigos de farra e das mulheres  das tabernas, que tiveram seus rendimentos drásticamente reduzidos.
Nem remorosos de o terem  enviado à colônia para aprender a ter mais juízo, numa terra agreste, formado pela escória do Reino civilizado e de outros povos europeus e asiáticos, que ali chegavam em busca ouro e prazeres, muitos deportados de seus países de origem para desocuparem espaços nas celas das prisões, apinhadas de ladrões e vagabundos.
O corsário pirata estava , como era tradicional na época, à serviço dos espanhóis em guerra contra os britânicos, daí a vantagem de pilhagem das cargas dos inimigos.
Espanhóis, portugueses, holandeses, francêses e os próprios britânicos se utilizavam dessa estratégia a fim de causarem incômodos morais e prejuízos financeiros aos adversários de entreveros.
El Buccanero, ficou impressionado com os, parcos mas interessantes  conhecimentos que o rapaz possuía de outros idiomas, aprendido nas tabernas, o que lhe seria útil, por não conseguir se comunicar com muitos dos seus tripulantes, sequestrados em bordéis das Ilhas caribenhas, de outras línguas não espanholas, para servirem como tripulação de seu clipper de três mastros, construido no estaleiro de um mórmon na Baía de Chesapeake, na costa leste da colônia inglesa para um fazendeiro produtor de tabaco e algodão, para travessia do Atlântico, entregar  aos  lordes comerciantes de Londres, seus financiadores, sua produção.
O clipper leve e rápido, tripulado por ingênuos marujos, foi presa fácil e incorporado à frota de Buccanero, tornando- se nau capitânia de seu bando.
O capitão da nau inglesa, e amigo do pai do garoto, na intenção de livrá-lo do fio da espada do carniceiro, pediu clemência para David à Buccanero falando de suas qualidades culturais e conhecimento de outros idiomas, podendo ser útil ao corsário , se...vivo.
Buccanero pensou nessas vantagens antes de cortar a cabeça do arrogante capitão fleumático.
 - ¿Cuál es su nombre  niño? Buccanero inquiriu seu prisioneiro.
David mais que rapidamente e espertamente, fez o que sabia e com maestria , . . .mentir, na esperança de salvar a pele.
- Zulmiro mi nombre y mi abuela era portugués ...
- ¿Y quién es su padre, que es noble y rico? O pirata, avaliou a possibilidade de uma boa chantagem e polpudo resgate.
- Ohhh no ... Mi difunto padre era pobre ... Yo soy un huérfano! Mentiu novamente.
- ¿Qué idiomas sabes?
- Un poco de Inglés, francés, alemán, holandés e italiano, así ... e. ..
-Basta...será poupado e vai traduzir minhas ordens à esses bastardos dos meus marujos voluntários estrangeiros!
- Quanto vai me pagar, sr. . . .“ Putanero” ?
- BUCCANERO, seu imbecil, água, comida e a Prancha sob espada e dentes de tubarões  se   desobedecer minhas ordens, e tentar se amotinar , seu  pederasta filho da puta!
-Não precisa se exaltar “meu capitão’ , foi só uma perguntinha tôla, mas e onde vou dormir? Numa cabine individual e bem confortável , presumo...
 Bucccanero bebeu sem pressa um gole generoso de run ,sorriu , arrotou,  e olhou para o cêsto da gávea, no alto do mastro do meio, de maneira bem sugestiva.
-Mas...de jeito nenhum, não sou gaivota prá me pendurar em cima de mastros, nem papagaio de ombro de pirata prá serví-lo ,seu...Putan...digo, sr. Baccanero!
Putanheiro e bacanal eram as palavras mais frequentes no vocabulário do rapaz, nas tabernas e bordéis às margens do Tâmisa...
 - Timonel! Cortar el verguita del mariquita afeminado, y ahora! O corsário já vermelho de bravo, gritou a ordem para seu timoneiro, um holandês enorme, parecendo um gorila ruivo peludo e cego de um olho.
-Calma, meu capitão, já tou subindo pros meus  aposentos...mas sob protestos é claro! David, falou sentindo um arrepio  só de imaginar ser privado do seu maior patrimônio, e tão a gôsto das garotas mais experientes  dos bordéis.
-El Timonel... se cortó el pene maricón ... ahora esto!
David subiu os 45 degraus de corda em tempo recorde, causando admiração aos tripulantes por sua grande e repentina agilidade em escalar mastros.

E foi assim que David  se tornou o pirata Zulmiro e esses foram seus primeiros momentos como tripulante “ voluntário”...do clipper anteriormente chamado de Ariel e rebatizado como “Madre de Diós” por Buccanero após sua captura.
Alguns meses após, Zulmiro havia ganho a confiança do capitão, dos tripulantes, e algumas regalias também, por bom comportamento , obediência.
Principalmente pela sua bravura durante as abordagens às naus assaltadas.
Aprendeu rapidamente como passar o fio da espada nos pescoços dos aturdidos e apavorados marujos dos navios que tinham suas cargas pilhadas, o que lhe  rendeu  promoção à Imediato do capitão.
Ao fim do primeiro ano como Imediato, já havia conhecido a pequena Ilha no mar das Antilhas, entre Tortuga e Isla Margarita, onde Buccanero armazenava os tesouros representados por barras de ouro, prata, moedas e jóias, fruto dos butins amealhados dos navios, inimigos  da Coroa Espanhola, à quem servia...
Zulmiro percebeu que o esperto corsário, jamais iria dividir o butim com seus tripulantes, muito menos com a Corte de seu reino.
E já conhecia bem o ditado popular...
“ Quem rouba ladrão tem cem anos de perdão “
A grande oportunidade, surgiu durante uma orgia num bordel, na baía da Ilha de Tortuga, após sangrenta derrota imposta a uma nau francêsa de 45 canhoneiras, muito mal tripulada.  
Tomado por um sentimento de bondade para com seus marujos, Buccanero  presenteou a tripulação com duas dúzias de tonéis de run pela vitória.
O momento ideal  e mais propício para colocar em prática o plano concebido à vários meses, com seus três  fiéis conspiradores do secreto motim, dois holandeses e um francês, que não mais toleravam o barbarismo de Buccanero.
Pouco antes do amanhecer, Zulmiro e seus três cúmplices, que espertamente se mantiveram sóbrios a noite toda, notaram os marujos espalhados pela areia na praia, dormindo totalmente embriagados.
-Vai ser bem fácil, gente...o escaler está na água como planejamos Peter?
-No lugar e pronto para partir, imediato, com três dos melhores pares de remo.
- Ótimo, lembram do plano não é?
-Claro, só iremos passar o fio da espada no pescoço do capitão, não temos nada contra os outros! Johann falou por todos.
- Colocaram os tonéis de óleo de baleia nos escaler?
-Como foi planejado , Imediato! Jean-Pierre, confirmou
-Muito bem, o “Puttanero” tá dormindo bêbado como um gambá...vou lá passar a espada nele, e me esperem com o escaler flutuando e prontos para remarem o mais rápido que conseguirem.
-Em quantas naus iremos atear fogo, chefe?
-Em todas, mas só depois que as soltarmos dos ferros, pois a corrente os afastará da costa em chamas, sem dar oportunidade de alguém salvá-las antes de sossobrarem...nada de perderem tempo levantando as âncoras, cortem os cabos!
Numa ação rápida e bem cordenada, Zulmiro cortou a cabeça do capitão, livraram das âncoras os outros quatro barcos da frota do bando  e atearam fogo neles, usando o óleo de baleia como combustível.
A bordo do clipper, já com velas cheias e se afastando rapidamente da costa puderam ainda até verem a correria e gritaria dos piratas correndo pela praia como baratas tontas e maldizendo as almas dos quatro amotinados.
O tonél de run que restara no clipper, serviu de festiva comemoração pela espetacular ação bem sucedida do grupo amotinado.
-E agora, imediato, o que vamos fazer?
-CA-PI-TÃO, senhor Jean-Pierre...sou ”seu”  Capitão agora, lembre disso.
-Tá bem Capitão, mas qual o plano ?
-Direto prá Ilha da caveira nos apoderarmos do tesouro...
-Obaaaa...mulherada à vista...
-Run às pencas...
- E  naus recheadas de ouro à nossa espera no Caribe!
-Nada disso pessoal , de agora em diante vamos trabalhar honestamente, e o plano é o seguinte...após roubarmos o tesouro, rumaremos prá Isla Hispaniola, onde há um estaleiro clandestino que tranforma os porões dos navios de carga em prateleiras para transporte de negros capturados no interior da Africa e vendidos em Cuba, na América e no Brasil...
-Ô lôco chefe, vamos traficar escravos agora? Isso é coisas prá maricas!
-Que nada, é prá marujos bem machos como nós, ainda mais agora que a Inglaterra declarou a atividade ilegal e botou a Royal Navy à caça de navios negreiros no Atlântico...
-Esses almofadinhas frouxos, empaladinhos em engomados uniformes brancos? Jean-Pierre falou admirado pela audácia desses imperialistas que detestava.
 -Eles mesmo...ah ah ah
-Já botamos muito deles prá correr e com menos canhoneiras que eles! Peter lembrou.
- Mas como sabe desse negócio de escravos chefe?
-Esqueçaram que antes de ser capturado, conheci todas as tabernas e bordéis do Porto de Londres, e lá as notícias mais frescas vindas do mar correm a solta?
-Ilha da caveira à proa capitão!!! Peter berrou da gávea do mastro.
- Otimo, precisamos agir bem rápido e cair fora desse quadrante, antes que os amigos do Buccanero venham atrás de nós se vingarem...
-Por falar neles, sabe que te apelidaram de Barba Ruiva? Ah ah ah
-É bom, quanto mais apelidos me derem mais confusões farão...
Após surrupiarem o tesouro de Buccanero, nada leve por sinal, pois demandou quatro viagens com cargas totais do escaler repleto de arcas...Johann , o ex-timoneiro de Buccanero , e que fora incubido de cortar o bilau de Zulmiro , recebeu as coordenadas da Isla Hispaniola, e acertou  o rumo para NE à  7° N magnético.
Durante a gostosa navegada em orça, pois o grande ventilador dos alízios soprava contínuo em direção contrária às correntes, Zulmiro falou à seus comparsas como funcionava o comércio de escravos.
Eles são capturados no interior da selva, por caçadores norte-africanos, os árabes , em aldeias pequenas e levados até a costa da Angola, onde há um curral enorme pertencente aos padres jesuítas espanhóis que...
-Peraí chefe, não vai me dizer que os padres estão metidos nesse trambique, né? Johann perguntou incrédulo.
-E como estão rapazes, mas por uma causa nobre e  em nome de Deus, que não permite que escravos sejam transportados antes de catequizados, daí eles de maneira muito bondosa, cuidam de afastar os demônios das almas dos pagãos, os batizam,  e tudo a um prêço módico pela hospedagem nos currais, que cobram dos árabes...em barras de ouro e prata!
-Putz...que canalhas, mas são piores que  os piratas do Caribe! Jean-Pierre se mostrou indignado, esquecendo ser um deles.
-Vale a pena os riscos, chefe?
-Se vale, compra-se a carga em Angola e se vende por 20 vezes mais na entrega, mesmo com o que sobra da carga, pois os negros mais fracos vão morrendo pelo caminho. Ouvi dizer que de uma carga de 300 cabeças, se consegue umas 200 prá negociar...
-E onde se vende...na colônia britânica?
-Ahhh...a costa da América está muito vigiada pelos ingleses, mas tem um porto bem melhor e mais seguro...
-Onde?
-Na América do Sul, numa ex-colônia portuguesa conhecida como Brasil, um porto chamado por Belém, no Grão-Pará...dizem que fica num rio muito grande, maior que o Tâmisa, e que lá os ingleses não se atrevem a entrar...
-Porquê?
-É que a colônia agora é da Espanha que está dominando Portugal , e como eles estão em guerra com os ingleses, os espanhóis os atacariam e os afundariam...
- A Espanha permite o tráfico?
-Claro, os fazendeiros da colônia precisam de mão de obra, e a Companhia de Jesus do ouro e da prata.
-Chefe, estamos carregando todo o tesouro no clipper..será que nesse estaleiro, não irão tentarem nos roubar?
-Já pensei nisso, e durante as obras no barco, manteremos os báus na minha cabine, trancada e ficaremos vigiando.
-E depois?
-Ouvi falar de uma pequena baía, no sul da costa da colônia, bem longe das rotas dos mercantes, outros piratas e armadas...acharemos lá algum lugar apropriado prá o escondermos...
E assim foi.
Feita a preparação do porão, seguiram rumo à esta baía, cabotando a costa da colônia, até finalmente encontrarem a tal baía onde havia uma pequena vila e muitos morros.
Zulmiro ,escolheu um pequeno morrete, porém estratégicamente  abrigado, dentro da baía e que do topo dele poderia se ver o mar à volta e servir como observatório de barcos adentrando a baía.
E foi no Morrete, com 94 metros de altura que esconderam o tesouro, dentro de uma caverna natural de pedras, com entrada pequena e disfarçada entre arbustos.
Foram mais de cinco anos de próspero comércio de escravos, até que o cansaço das batalhas contra a Royal Navy e a monotonia das longas viagens os entediarem,  e encerraram o negócio.
Num pequeno estaleiro de um português na baía, o esconderijo do tesouro, contrataram o desmantelamento da gaiola do porão do clipper e passaram a fazer cabotagem entre esta, o porto de Santos e do Rio de Janeiro, levando peixes, madeira de lei, produtos agrícolas da região e trazendo mercadorias estrangeiras para abastecer os comerciantes locais.
Descobriram  o quanto pagavam mal por trabalho honesto e desistiram desse negócio rapidamente.
Jean-Pierre, sonhava  morar numa das Ilhas paradisíacas da Polinésia descobertas por seus compatriotas franceses e viver luxuriosamente entre as belas waiines morenas dançando hullas para ele.
Johann e Peter, viverem na cidade do Cabo, onde os seus compatriotas holandeses estavam iniciando a colonização daquela região da África.
Zulmiro, decidira viver entre a pequena vila da baía, conhecida por Vila de São Luiz da Marinha de Guaratuba e a Vila de N. Sra. da Luz dos Pinhais, atual  Curitiba, uma florescente cidade do planalto e não muito distante da baía.
Misteriosamente Johann e Peter caíram do clipper e morreram afogados no mar, após uma noite de muito run.
Jean-Pierre foi encontrado degolado pelos índios da vila, num mangue, já semi-devorado pelos caranguejos e siris.
-Coisas do destino! Pensou Zulmiro pesaroso pela perda dos três fiéis companheiros, em condições tão trágicas.
 - E agora terei de cuidar do tesouro...sózinho! Pensou bem triste.
PS.: Em Curitiba, centenas de caçadores de tesouros, escavaram  vários bairros na esperança de encontrarem o folclórico tesouro do pirata Zulmiro.
Em Guaratuba, buracos e mais buracos no Morro Morretes...
Se duvidarem disso, pesquisem no Google, como “ Pirata Zulmiro”...e vão encontrarem farto material a respeito da lenda.
Ahhh...o morro chamado agora de Parque Morretes me pertence, por herança...mas até hoje , confesso, só encontrei ratos, cobras e gambás por lá...nada de tesouro de piratas, juro.